sexta-feira, 6 de julho de 2012

No Ônibus

Mais um dia de trabalho chegando ao fim, e de presente um ônibus lotado, meu Deus! Arrepio-me só de pensar em todas aquelas pessoas entrando e saindo, com seus celulares na função mp3. o zum zum de conversas paralelas, e acreditem até roncos. Só espero que não chova e que não falte luz, finalmente depois de uma hora minha condução chegou e entrar é como ganhar na loteria, é muita gente empurrando sem nenhuma educação, e para arrematar o motorista da aquela arrancada básica. É tanta gente com expressões de fracasso, cansaço, queria me desligar, mas é impossível. Algo me chamou a atenção, uma garotinha ela observava cada rosto a sua volta e começou a tentar ver meu rosto por baixo do véu dos meus cabelos, era uma tática minha deixar meu cabelo cobrir meu rosto feito um manto, assim fugia de olhares indagador, indesejáveis e pertinentes de alguns passageiros que igual a mim queriam uma distração para não pirar dentro daquele ônibus, e a garotinha continuou a olhar-me fixamente, e me perguntava por que ela me escolheu como distração o que tinha que a ela era i interessante, resolvi focar em seus olhos e ver qual parte ela olhava mais e vi que era meus olhos que ela tentava ver e afastei os cabelos do meu rosto com um sorriso bem modesto e ela retribuiu com um sorriso angelical e se virou para a pessoa que a segurava no colo e disse: vovó ela é minha mãe? –não Bia! Você sabe que sua mãe mora no céu querida. Senti-me triste pela dor daquela garotinha, tirei um bombom da minha bolsa e dei a ela, me retribui com um belo sorriso. Deixei meus cabelos cobrirem novamente meu rosto e desconectei daquele ônibus afinal faltava muito para chegar a meu destino.

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