sábado, 20 de setembro de 2014



CAPITULO I “É inevitável não temer a morte, mesmo eu sendo imortal. Até onde posso ir?” Eu escolhi viver como uma humana no mesmo momento em que me neguei a cumprir a ordem! ELE sabia que me recusaria a matar um inocente, mesmo este sendo um demônio um sangue suga perante ELE. E foi assim que eu cai... —Tome luvas novas Pétala. Acredite, jamais vou acostumar-me vendo-a pular de penhascos, mocinha. —Não diga , Anthony! O que o traz aqui, neste fim de mundo?—perguntei olhando a imensa floresta que nos cercava e espremendo meus cabelos que pingavam após ter pulado do penhasco ao encontro da água fria. —A ORDEM quer lhe ver. Temos uma nova missão para você, minha cara.—falou Anthony com um sorriso satisfeito. “Expulsa do céu e a serviço da Igreja!”—falei
com
sarcasmo. —Você sempre irônica, minha criança. —falou mostrando desprezo, como se eu me importasse
com
a opinião dele. —Nossa , essas luvas são ridículas Anthony! —disse assim que botei os olhos naquele insulto. —Eu sou um padre e não um modista, criança!—falou revirando os olhos. —Pra mim você sempre vai ser a criança chata que livrei das presas de um vampiro, seu padre metido a besta!—disse irritada,ele tinha esse poder. —Respeite-me Pétala! Sou um padre da ORDEM! —Metido, você quis dizer! —antes que ele despejasse mais um uns insultos tratei de virar de costas, afinal estava toda molhada e não queria tirar um padre de seu caminho sacrossanto.Quando comecei a me mover disse: —Bom se era só, isso já podes ir! —Como assim Pétala, você não vem comigo?—perguntou franzindo o cenho. —Não! Irei só desta vez. —disse, já caminhando a passos largos. —Mas logo cairá a noite. —Falou na esperança de me convencer. —Então corra padre, a floresta é muito perigosa para um simples mortal.—falei mas sequer lancei um olhar em sua direção. Fui para meu chalé tirar aquelas roupas molhadas. Como sempre, vesti algo preto e vinho pois precisava de uma cor mesmo que artificial, minha pele era muito clara, por fim peguei meu casaco e aquelas luvas ridículas, talvez eu precisasse delas.Mas por hora não as coloquei, sai da casa com passos quase como uma dança, olhei pra minha moto mas não pretendia ir nela foi só o costume de olhá-la, eu realmente queria caminhar. Caminhava maravilhada com aquele cenário noturno na floresta fria e muito viva, os passarinhos aninhados e os animais noturnos saindo de suas tocas, quando percebi que não estava só, senti uma vibração muito forte, decididamente tinha algo me observando naquela escuridão,Parei bruscamente, fechei os olhos e tentei sentir de onde vinha aquela sensação ameaçadora. Senti que vinha algo numa velocidade anormal em minha direção, me coloquei em ponto de defesa , quando fui lançada em um tronco seco e logo revidei jogando o meu agressor em uma árvore . —Ora, ora!Se não é uma anjo perdida na floresta, e tão próximo da Lua Vermelha, acho que tirei a sorte grande!—exclamou já mostrando suas presas. E logo o senti perto demais, colocou suas presas perto do meu pescoço ameaçadoramente, sentiu meu perfume, puxou minha cabeça para trás e roçou os lábios no meu pescoço quando o atirei em umas pedras perto do lago. —Clemência Pétala , é só uma brincadeira ,não precisava machucar de verdade.—disse se levantando e sacudindo o pó que havia ficado em seu casaco do impacto de seu corpo contra a pedra. —Aleph! Ainda vou machucá-lo sem querer, sua criatura insolente!—Falei me refazendo do susto da inesperada quase batalha. —O que faz aqui Pétala, estava afim de uma batalha?—perguntou se aproximando devagar. —Nada disso amigo. Queria pensar um pouco.—disse desviando o olhar. —E caminhar durante a noite numa floresta cheia de vampiros doidos por seu precioso pescoço de anjo, ajuda? Você é suicida!—falou olhando-me nos olhos, notei que os olhos dele estavam num tom de vermelhos opacos. —Esta com fome ,Aleph?—indaguei preocupada. —Sim. Mas o que tens Pétala? Minha fome pode esperar. — Nada! Só uns pesadelos que estão me deixando apavorada. É sempre assim, quando estou perto de um ciclo da Lua Vermelha você já sabe como sou cassada nesta época. —Sei sim e parece que a caçada não demora a começar. -disse Aleph tocando em meus ombros e temendo o pior. Aleph e eu caminhamos por horas num silencio mortal, volta e meia sentia seu olhar indagador sobre mim. Num rompante parei e o toquei, queria saber o que tinha por trás de tantas perguntas silenciosas, entrei na mente de Aleph sem nem uma condescendência e vi o que não queria ver. — Que absurdo Aleph...! —rosnei as palavras com tamanha indignação.—Você bebeu sangue humano, para supor que faria esse absurdo? Francamente...! —Pétala , pare de bisbilhotar minha cabeça sua atrevida, já disse que não suporto quando você faz isto, é constrangedor garota! Falou, mas sem retirar suas mãos das minhas.—E procurar uma Bruxa não é tão ruim para uma anjo rebelde.—disse tentando me convencer. Antes que falasse algo em minha defesa , Aleph livrou-se de minhas mãos em um salto ameaçador e logo percebi que não estávamos sozinhos... Continua...

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